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Em tom descontraído, a Norte Trip entrevistou a banda de Reggae KayMakan em sua formação atual, com Diogo Lavareda (Vocais), Bruno Habib (teclado), Bráulio Habib (Bateria), Rafael Azevedo (baixo), antes de sua apresenteção no Bar e Restaurante Maricotinha, no último domingo dia  15/05, curtam!


Norte Trip: Diogo (vocalista), o que rola no atual repertório do KayMakan?
Diogo: o repertório é bem diversificado, com músicas de bandas nacionais e internacionais.  Em outra parte do show, incluímos nossas antigas composições e experimentamos as novas músicas antes de uma futura gravação, visto que é possível sentir ao vivo, um elemento instrumental e outro, o que é totalmente diferente do estúdio, estamos sempre criando ao vivo, então seguindo esse ritmo, daqui a um mês teremos umas quatro composições novas bem encaminhadas para a gravação e disponibilização para o nosso público.

Norte Trip: Diogo, conte-nos um pouco sobre essa experiência de morar na praia (Ajuruteua) e a influência disso sobre a música do KayMakan.
Diogo: Essa experiência de viver fora de Belém, de viver na praia, um outro tipo de cultura, de desenvolvimento, envolve outros elementos na música, envolve ciência, envolve arte, envolve filosofia, enfim, é a música se expressando como deve ser. Aproveitamos para passar a mensagem para algo positivo em nossos shows naquela região.


Norte Trip: Diogo, sabemos do seu engajamento com as causas sociais na região de Ajuruteua Bragança-Pa. Como tem sido essa experiência e isso tem influenciado diretamente na qualidade de sua vida e da música do KayMakan?
Diogo: Creio que só é possível escrever sobre aquilo que se vive, sobre o que se sente, então, estar vivendo aquela sensação, o por do sol e outras situações influenciam, assim como, quem mora no centro tem outra visão de mundo podendo escrever sobre questões sociais como o engarrafamento, violência, mesmo assim, ainda se pode ver o por do sol na cidade, mas são situações diferentes, então só se pode escrever sobre o que se sente.

Norte Trip: E o trabalho de composição do KayMakan é feito pelo grupo ou tem uma pessoa responsável por isso?
Diogo: É pelo grupo, porém, tenho assumido no que diz respeito às letras das músicas. Tenho também a contribuição do antigo guitarrista, Rômulo que está morando em outra localidade e por isso, usa a internet para mostrar para o grupo as novas idéias.

Norte Trip: Vocês tocaram no assunto da internet, que é recorrente, a respeito disso, como é o contato com os público através desse meio de mídia?
Diogo: a idéia é usar a internet para colocar o material do KayMakan a disposição do público. Quanto à relação com o fã, é mais naturalmente, de trocar idéias e na internet eles expressam suas opiniões acerca das músicas admiram e elogiam.

Norte trip: Rafael (Baixista) como é a experiência de estar tocando junto ao KayMakan em outras localidades pelo interior do estado?
Rafael: Creio ser uma positividade muito gratificante, porque podemos conhecer o estado geograficamente e o povo com suas características. O público do interior do estado sente a necessidade de ouvir outros estilos que não chegam com facilidade a estas localidades, de ouvir e ver coisas novas, o diferente, aquilo que pra nós do grande centro é um som trivial e até comum devido à facilidade de acesso. E, além disso, é sempre um prazer viajar, é muito bom.


Norte Trip: Bráulio (baterista), a respeito do que o Rafael comentou sobre a necessidade do público do interior do estado ouvir coisas novas, há algum bloqueio entre o que o público está acostumado a ouvir e o som de vocês? Alguma vez já pediram que vocês tocassem brega?
Bráulio: Na verdade nunca ocorreu esse choque musical do brega com o reggae, porém, é uma necessidade para nós como músicos que também somos um público, experimentar os variados estilos em determinados momentos, Então, acho que essa é uma necessidade mútua.

Norte Trip: Bráulio (baterista), por ser a bateria, assim como o baixo, instrumentos bastante ressaltados no reggae, existe uma grande diferença em tocar o estilo reggae em comparação ao rock por exemplo?
Bráulio: Penso que o reggae não é mais difícil que tocar o rock, porém  entendo que é necessário ter uma sensibilidade maior para passar a emoção do som para o público, o que tem sido uma experiência nova e bastante gratificante para mim.

Norte Trip: Bráulio, quais são as suas influências para as rítmica de batera?
Bráulio: The Wailers, S.O.J.A e até mesmo bandas de rock, visto que eu trouxe elementos do rock, dentro do meu estilo de reggae.

Norte trip: Rafael (baixista), essa tua ligação ao estilo reggae já é de longa data, como é ter tocado tempos atrás com kayMakan e ter retornado?
Rafael: Trabalhei na primeira formação e descobri o reggae, fui desenvolvendo escutando e pesquisando,  e hoje posso dizer que adquiri a linguagem musical e a vibe nas composições.




Norte Trip: Rafael e essa vibe de praia te fez pesquisar novos elementos para as linhagens de baixo?
Rafael: Com Certeza, praia natureza, Deus, esporte, a gente acaba buscando ficar bem com o corpo e com a mente, creio que ajuda o ser humano de uma forma geral e como músico. 
 

Reportagem por Rodrigo Barros.








Imagens por Rodolfo Barros.